Aguardava-se grande espetáculo, mas foi ainda… melhor, foi enorme! A clássica E3 Saxo Classic cumpriu todas as expectativas criadas pelo lote de fantásticos corredores que alinharam à partida, os melhores da atualidade neste tipo de corridas, Tadej Pogacar (UAE Team Emirates), Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) e Wout Van Aert (Jumbo-Visma).

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E da promessa ao seu cumprimento, os três apresentaram-se à discussão da vitória em Harelbeke, após uma luta entusiasmante nos muros de pavé que dão a esta clássica o estatuto de ensaio geral para a Volta a Flandres, que se realizará no dia 2 de abril.

 

Venceu quem era o ‘campeão’ em título, mais rápido na reta final, num sprint emocionante, intenso, a cansar-nos só de tê-lo observado… Menos forte do que os dois rivais nas subidas do percurso de mais de 200 quilómetros, Wout van Aert bateu o Mathieu van der Poel e Tadej Pogacar e conquistou a primeira vitória da temporada em estrada.

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O belga tinha sofrido no Paterberg e principalmente no Old Kwaremont, onde Pogacar tentou fazer a diferença – à imagem da Volta a Flandres de 2022 -, mas Van Aert recuperou para o duo, onde Van der Poel nunca vacilou e parecia ser o favorito no sprint final. Não ganhou, ao invés do que sucedera no Mundial de ciclocrosse, no início de fevereiro. Ficou na segunda posição, e Pogacar, o menos explosivo do trio, ficou no derradeiro degrau do pódio.

Na quarta posição, a 33 segundos do vencedor, ficou o norte-americano Matteo Jorgenson (Movistar), enquanto o seu companheiro de equipa Ivan Garcia Cortina completou o top cinco.

 

O primeiro a ascender o rastilho desta longa corrida foi Mathieu van der Poel no Taaienberg, ainda a 80 quilómetros do final. Apenas Wout Van Aert pôde segui-lo, mas Tadej Pogacar, primeiro, e depois o grupo de Kasper Asgreen (Soudal Quick-Step), Mads Pedersen (Trek-Segafredo) e Stefan Küng (Groupama-FDJ), conseguem fechar o espaço.

Cerca de vinte corredores reentraram e depois outros do primeiro pelotão, ao qual Julian Alaphilippe (Soudal Quick-Step) – mais uma desilusão – não pertencia. Sucedem-se vários ataques, incluindo o de Matteo Jorgenson (Movistar), que passa alguns quilómetros isolado, e em seguida foram Soren Kragh Andersen (Alpecin-Deceuninck), Matej Mohoric (Bahrain Victorious) e Nathan Van Hooydonck (Jumbo-Visma) que assumiram a liderança da corrida.

Poucos minutos depois, o trio de titãs atacou do grupo no Stationberg, Mathieu van der Poel, Wout Aert e Tadej Pogacar, e rapidamente alcança o trio da frente. A diferença do sexteto cresce rapidamente, no terrível Paterberg (400 m a 12,9%/máx: 20,3%) 40 segundos separam os dois grupos.

Nesta subida, Pogacar acelera e Van der Poel e Van Aert agarram-se à roda do esloveno, mas Mohoric, Kragh Andersen e Van Hooydonck ficam para trás. Mas após o topo, Pogacar alivia o ritmo e não tem colaboração dos seus parceiros de fuga, permitindo àqueles três recuperarem.

Mas foi de pouca dura a sua permanência à frente. Em Old Kwaremont, Pogacar força e descarta-os. Van der Poel não cede um milímetro, mas Van Aert – que já apareceu um pouco curto no Paterberg – mostra sinais de fraqueza. O vencedor da edição de 2022 desta clássica perde alguns metros, mas com o seu habitual estoicismo consegue reintegrar-se.

À entrada para a Karnemelkbeekstraat, a penúltima montanha do dia, os três campeões têm uma margem de 30 segundos sobre o trio Van Hooydonck-Mohoric-Kragh Andersen, e 50 sobre um grupo onde se encontram Stefan Küng, Valentin Madouas (Groupama-FDJ), Ivan Garcia Cortina, Matteo Jorgenson (Movistar Team), Filippo Ganna (INEOS Grenadiers) e Krists Neilands (Israel-Premier Tech). Os três da frente estão muito bem encaminhados para a luta pela vitória.

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Nenhum ataque no Karnemelkbeekstraat e no Tiegemberg, últimas subidas da corrida, e apesar de um par de acelerações de Pogacar na fase final plana, tudo se decidiu ao sprint! Van Aert não deu hipóteses aos adversários e repetiu o triunfo!

Classificações:

www.procylingstats.com

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Fotografia: Twitter Team Jumbo-Visma

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