Cyril Barthe tem um gosto especial por Portugal. Por cá viveu os seus primeiros grandes momentos na carreira ainda como sub-23 e agora foi à Volta ao Alentejo concretizar o objetivo de conquistar uma etapa.

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O francês da Burgos-BH venceu duas tiradas da Volta a Portugal do Futuro em 2017. No ano seguinte, mostrou-se no Troféu Joaquim Agostinho, ao ganhar a primeira etapa. Então representava a Euskadi Basque Country-Murias, mudando-se depois para a B&B Hotels-Vital Concept, onde teve a oportunidade de participar em grandes corridas como a Volta a França.

Porém, o final abrupto da equipa francesa, levou Barthe novamente até Espanha. E a Burgos-BH já vê o seu reforço somar bons resultados. Venceu o sprint em Estremoz e subiu à liderança da 40ª Volta ao Alentejo.

“É a quarta etapa que ganho em Portugal. Venho aqui para desfrutar”, começou por dizer Barthe. ” Foi uma etapa dura, que assentou-nos bem. A equipa trabalhou perfeitamente. Pudemos sprintar da melhor maneira. Estou muito feliz pela equipa”, acrescentou.

A etapa

O dia foi de destaque para a Burgos-BH. Os 191,4 quilómetros entre Vendas Novas e Estremoz fizeram da terceira etapa a mais longa desta edição da Alentejana. A fuga demorou e muito a formar-se. Já se tinham cumprido mais de 50 quilómetros quando finalmente três ciclistas conseguiram escapar ao pelotão.

Clément Alleno e Miguel Fernández, ambos da Burgos-BH, tiveram a companhia de Carlos Alvarez (JV Perfis Windmob). O trio chegou a ter cerca de quatro minutos de vantagem, mas a Trinity Racing do camisola amarela Luke Lamperti – vencedor da primeira etapa -, ajudada pela Glassdrive-Q8-Anicolor e mais tarde pela Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua, controlou bem a diferença.

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A cerca de 40 quilómetros da meta, Alvarez foi o primeiro a ceder na frente. A dupla da Burgos-BH manteve-se firme e numa altura em que a vantagem tinha caído para baixo dos dois minutos, o trabalho de Alleno e Fernández fez com que subisse novamente.

No entanto, no pelotão, a vontade era mesmo que, mais uma vez, o final fosse ao sprint. Fernández também cederia. Alleno continuou para garantir o pleno de vitórias nas metas volantes e também o primeiro lugar no Prémio de Montanha de Serra D’Ossa.

Alleno resistiu até aos seis quilómetros finais. Só então o pelotão apanhou o francês. Mas a Burgos-BH tinha ainda uma última cartada a jogar. Barthe terminou em grande um dia em que a ProTeam espanhola demonstrou que quer sair do Alentejo com vitórias.

Barthe bateu Francisco Guerreiro (Efapel Cycling) e Orluis Aular (Caja Rural-Seguros RGA no sprint, vestindo a camisola amarela com sete segundos de vantagem sobre Luke Lamperti e nove sobre Aular, o campeão da Alentejana em 2022.

A quarta etapa, este sábado, será um dia muito importante para a definição da classificação geral. Os 148,2 quilómetros com partida no Crato e meta em Castelo de Vide são os que mais subidas têm: uma segunda categoria no CAbeo do Mouro, seguida por quatro de terceira categoria, tudo em cerca de 20 quilómetros.

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Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor) mantém a liderança na montanha, com Luke Lamperti a ser o melhor na juventude. Porém, além da amarela, o americano perdeu a camisola dos pontos também para Barthe. A Burgos-BH é a primeira entre as equipas.

Classificações:

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