A Jumbo-Visma foi a equipa mais rápida no contrarrelógio da terceira etapa da Paris-Nice, em Dampierre-en-Burly, na distância de 32,2 quilómetros, concluindo com um tempo de 33:55 minutos, um segundo mais rápida do que a norte-americana EF Education-EasyPost e quatro do que a australiana Jayco AlUla, terceira.

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O contrarrelógio coletivo teve regras invulgares que a organização da Paris-Nice instituiu para este exercício, após 30 anos em que não se disputou na corrida francesa. Assim, ao invés de contar o tempo do quarto elemento a cortar a meta, foi o do primeiro corredor e os demais também contabilizados individualmente.

Por isso, com estranheza assistiu-se a Tadej Pogacar sprintar, sozinho, até à meta, deixando para trás os companheiros da UAE Team Emirates. O esloveno perdeu 23 segundos para os vencedores, ou seja, para o principal rival na prova, o dinamarquês Jonas Vingegaard, que assim não só anulou, como superou os 12 segundos que Pogacar averbara nos sprints bonificados das duas primeiras etapas.

Seguindo a mesma estratégia de corrida na EF Education-EasyPost, Magnus Cort também acelerou nos metros finais para ganhar o máximo de tempo possível e foi premiado por isso. Um segundo bastou para dar-lhe vantagem sobre o belga Nathan Van Hooydonck (Jumbo-Visma), segundo da geral, com o australiano Michael Matthews (Jayco AlUla) a subir a terceiro, a três segundos.

“Estou muito feliz por ter a camisola amarela. Não esperava vesti-la. Sonhamos sempre vencer, por isso… O contrarrelógio por equipas é uma disciplina muito difícil. Amanhã? Será um dia difícil, mas farei o possível para manter a camisola”, afirmou Magnus Cort Nielsen após a etapa.

O dinamarquês continua em alta, depois de ter ganho duas tiradas na Volta ao Algarve, no Alto da Fóia e em Tavira, tendo vestido a camisola amarela, que perdeu na penúltima etapa, no Malhão.

O principal perdedor, dentro do ‘top 10’, foi mesmo Pogacar, que, apesar de encurtar as perdas, caiu para 10.º, quando era segundo, embora esteja a apenas 14 segundos da camisola amarela e, mais importante, 11 segundos de Vingegaard.

“É ótimo ter tantos homens fortes na nossa equipa. Estamos muito felizes com esta vitória, quero agradecer a todos. Não treinamos muito contrarrelógio coletivo, mas antes desta corrida fizemo-lo várias vezes”, explica Jonas Vingeggard. “Fomos muito rápidos e tudo correu bem. Mas esperávamos abrir uma vantagem maior sobre os nossos rivais…”, reconheceu o vencedor da Volta a Francça de 2022.

Por seu turno, Tadej Pogacar não estava descontente. “Continuo bem posicionado na geral. De facto, eles [Jumbo] foram muito rápidos. Sei que poderíamos ter feito um pouco melhor, mas estou satisfeito, porque todos deram o seu máximo”, disse.

“As circunstâncias não eram as ideais, só recebemos as bicicletas há uns dias e o Tim [Wellens] ainda está um pouco cansado da Strade Bianche, por isso não é tão mau. Estou mais tranquilo agora que esta etapa acabou, mas por outro lado estou um pouco mais pressionado porque estou em desvatagem na geral. Vamos continuar a lutar todos os dias” concluiu o líder da UAE Team Emirates.

A quarta etapa, esta quarta-feira, liga Saint-Amand-Montrond a La Loge des Gardes e conta com uma chegada em alto no fim de 164,7 quilómetros (subida de 6,7 km a 7,1%).

Classificações:

www.procyclingstats.com

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