A Clássica de Santo Thyrso foi uma das novidades no calendário velocipédico português. Realizou-se este domingo com vitória do argentino Tomas Contte (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) e o objetivo passa por ter muitas mais edições.

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A corrida nasceu fortemente motivada pelo desejo de muitos em homenagear José Pacheco, antigo ciclista que venceu a Volta a Portugal em 1962, sendo o único tirsense a alcançar o feito.

Sérgio Sousa (à direita) foi o diretor da primeira edição da Clássica de Santo Thyrso

“Era algo que alguns ex-ciclistas, ex-companheiros e amigos do José Pacheco vinham a reclamar”, realçou Sérgio Sousa ao GoRide. O diretor da prova explicou que, além deste desejo, a corrida surgiu “pela paixão que os tirsenses têm pelo ciclismo, pela relação que sempre tiveram” com a modalidade.

Os 144,4 quilómetros tiveram partida na Vila das Aves, a maior freguesia do concelho, com chegada em Santo Tirso. A escolha de percurso recaiu num circuito, algo que permitiu o público assistir à passagem dos ciclistas no mesmo local mais do que uma vez. Só na meta foram quatro, o mesmo acontecendo na subida que marcou a prova, em Refojos.

A Nossa Senhora da Assunção é um local que é de imediato recordado quando se fala de Santo Tirso, mas a conhecida subida não fez parte do percurso.

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“Eu compreendo essa visão. Compreendo que o adepto de ciclismo provavelmente conhece Santo Tirso pela Nossa Senhora da Assunção, pela Volta a Portugal, o Grande Prémio JN e sempre teve essa relação”, referiu Sérgio Sousa.

“Aqui a ideia, com uma clássica de uma prova de um dia, é procurar um percurso um pouco diferente. Um circuito, com alguns pontos de interesse em algumas freguesias, proporcionar que as pessoas estejam no conforto da sua freguesia e possam ver os ciclistas passarem mais do que uma vez”, acrescentou.

Para o diretor da Clássica de Santo Thyrso – e ex-ciclista da região -, a aposta num circuito faz parte da sua filosofia: “O que tenho vindo a defender é a ativação das freguesias, dar vida às freguesias. Estou certo que os tirsenses, nas suas freguesias, estão orgulhosos do ciclismo passar lá.”

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E porquê Thyrso? “Não é um estrangeirismo. Antigamente escrevia-se Santo Thyrso dessa forma, como se escrevia farmácia com ph. Aqui, em Santo Tirso, ainda há uma série de lojas mais antigas que ainda tem o ‘Thyrsense’, Casa de Santo Thyrso, ainda escrevem assim. Foi uma forma de preservar a história”, explicou.

Esta é uma clássica que quer fazer a sua história, já com o pensamento em mais edições. Tomas Contte fica registado como o primeiro vencedor.

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Tomas Contte cumpre desejo com vitória na Clássica de Santo Thyrso

Fotografias: João Fonseca Photographer/Federação Portuguesa de Ciclismo

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