Desde que foi revelado, o percurso da corrida de fundo do Campeonato do Mundo de Estrada de 2022, em Wollongong, Austrália, sem longas subidas apesar do significativo desnível acumulado, tem suscitado discussão sobre que tipo de corredores favorece: desde logo com os puros trepadores excluídos, a dúvida reside entre os ciclistas completos, os ofensivos e os velocistas.

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Tadej Pogacar, um corredor completo que pode vencer qualquer corrida de um dia desde que esta imponha um índice de dificuldade suficientemente seletivo, respondeu com uma pergunta: “Depende de quem se considera um velocista?”

“Se se está a falar de Wout van Aert ou Van der Poel, não se deixa corredores como estes num percurso como o deste Mundial. É quase impossível, mas podemos deixá-los cansados. Mas também nos cansamos após 267 quilómetros. Não será um passeio de domingueiro, será um dia muito difícil para todos”, disse o esloveno.

Pogacar chegou à Austrália, para disputar o Mundial, diretamente do Canadá, onde participou em duas corridas do WorldTour, os Grandes Prémios do Quebeque e de Montreal. Neste último, que tem um percurso em circuito (num total de 221 km e 4124 metros de desnível acumulado) com semelhanças ao de Wollongong, o ciclista da UAE Emirates bateu Van Aert ao sprint.

A corrida masculina de elite começa no vilarejo de Helensburgh, ao sul de Sydney, desce a costa em direção a Wollongong, antes de dar uma volta ao circuito do Mount Keira, que recebeu o nome da longa subida de 8,7 km com inclinação média de 5%.

Todavia, esta é a única subida longa e surge com apenas 42 km pedalados. Depois entra-se no circuito da cidade de Wollongong, a percorrer 12 vezes e que integra uma única subida, Mt. Pleasant – 1,1 km a 7,7% e um máximo de 14%.

“Estou muito motivado. É um percurso interessante. Mas precisaremos de fazer algo, porque creio que as equipas mais fortes tentarão correr com mais segurança e tranquilidade, e não temos uma equipa completa”, disse o líder da seleção da Eslovénia, que não conta com Primoz Roglic ou Matej Mohoric.

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“Veremos como os corredores que estão na nossa equipa se sentem e decidiremos a estratégia para domingo. Acho que temos bons corredores, são apenas seis, mas mesmo com esse número podemos fazer muito… Vamos ver”, conclui Pogacar.

Fotografia principal: Getty Sport/Pété Photographie/YP Medias/James Startt – Grands Prix Cyclistes

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