Valeu a pena esperar pelo sprint final na Maia. Foi frenético e espetacular, com Scott McGill a cumprir o prometido. Tanto ele, como o seu diretor desportivo Matthew Rice, avisaram que iam dar tudo por nova vitória. E mais: está ao rubro a luta pela camisola verde da Volta a Portugal.

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Apenas seis pontos separam o americano de João Matias, com o homem da Wildlife Generation a recuperar a liderança nesta classificação, que havia perdido precisamente para o ciclista da Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados.

Ambos somam agora duas vitórias, pelo que poderá ser nas metas volantes que se irá decidir a vitória. As próximas etapas não convidam bem ao sprint, ainda que pareça que McGill não quer fechar já a contagem. Estreou-se a ganhar na carreira na Volta a Portugal e agora quer mais!

É um ciclista em alta – foi segundo nas etapas ganhas por João Matias -, está motivado e o seu diretor desportivo considera que merece o sucesso que está a viver.

Matias, com desportivismo acima de tudo como é sua imagem de marca, deu os parabéns ao adversário, mas avisou que vai fazer tudo para reconquistar a camisola verde.

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Temos uma batalha bem interessante na Volta. Podem chamar-lhe classificação secundária, mas é bem principal para estes dois ciclistas e é uma luta que dará um interesse extra às três etapas em linha que faltam nesta corrida.

Trabalho de equipas

McGill agradeceu aos companheiros que, mais uma vez, foram incansáveis para apanhar a fuga. Desta vez não deixaram a vantagem chegar aos seis minutos, mas três ainda obrigaram a muita dedicação.

“A equipa foi fantástica. Pegámos aos 40 quilómetros e não podia pedir melhor equipa. Nunca tive dúvidas. Estava confiante que podia ganhar. Está a ser uma boa batalha entre os dois nestas etapas ao sprint”, afirmou McGill.

Porém, não foi um trabalho de equipa. Foi trabalho de equipas. A Wildlife Generation destacou-se, mas foi tendo ajuda da Caja Rural-Seguros RGA e, principalmente, da Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados.

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Até a Glassdrive-Q8-Anicolor se juntou. Porquê? Primeiro protegeram a camisola amarela de Frederico Figueiredo e o segundo classificado Mauricio Moreira, mas até foi o uruguaio a lançar o sprint. O objetivo era premiar Fábio Costa, que tanto tem puxado no pelotão, e tentar levá-lo a uma vitória de etapa.

Típica etapa

Entre Águeda e Maia foram 159,9 quilómetros, com um circuito final de cerca de 15. Reta da meta em ligeira subida para aumentar o grau de dificuldade. McGill adapta-se bem, como já havia demonstrado na vitória em Elvas.

Quando se vai a Águeda, esta é uma passagem obrigatória para o pelotão.

Houve uma fuga, que só aos 60 quilómetros se formou: Keegan Swirbul (Human Powered Health), Unai Cuadrado (Euskaltel-Euskadi), Tiago Antunes (Efapel Cycling), Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO), Hugo Nunes (Rádio Popular-Paredes-Boavista), Márcio Barbosa (ABTF Betão-Feirense) e José Mendes (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho).

Ainda houve uma fase com alguma indefinição e até parecia que era desta que a fuga triunfaria. Nada disso!

Foi alcançada perto da marca dos cinco quilómetros para o fim, com Robin Carpenter (Human Powered Health) e Txomin Juaristi (Euskaltel-Euskadi) a saltarem para a frente de corrida.

Que trabalheira foi para os apanhar! A meta já estava à vista. Depois foi o espetáculo do sprint.

Tudo na mesma na geral

Foto:João Fonseca Photographer/Federação Portuguesa de Ciclismo

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Figueiredo mantém-se de amarelo, com sete segundos sobre Moreira, com Luís Fernandes (Rádio Popular-Paredes-Boavista) a 38. Moreira é ainda o líder da montanha, a Glassdrive-Q8-Anicolor a melhor por equipas e o espanhol Jokin Murguialday (Caja Rural-Seguros RGA) veste a camisola branca, símbolo da juventude.

Uma subida ao Sameiro para aumentar a emoção

A sétima etapa, esta sexta-feira, vai partir de Santo Tirso, Praça 25 de Abril, e vai até à Avenida da Liberdade, em Braga (150,1 quilómetros). A subida de segunda categoria ao Sameiro (141,6 quilómetros) será o grande ponto de interesse, se houve intenções de não deixar as decisões todas para a Senhora da Graça, no domingo.

Antes haverá uma quarta categoria em Vila Franca (70,9) e três metas volantes: Póvoa do Varzim (28), Esposende (46,6) e Ponte de Lima (98,5).

Classificações completas:


Restantes fotografias: Agnelo Quelhas/Podium Events

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