O ciclista da Glassdrive-Q8-Anicolor explicou hoje ao GoRide.pt como a equipa tem trabalhado a especialidade de contrarrelógio, sendo que a bicicleta de Rafael Reis para esta especialidade está personalizada de forma a assinalar o título de campeão nacional conquistado em junho.

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Campeão nacional de juniores, de sub-23… Desde cedo que Rafael Reis se destacou como contrarrelogista no ciclismo nacional. Porém, escapava-lhe o título em elite, apesar de um palmarés com vitórias na sua especialidade e não só. Assim, 2022 ficará como marco: Rafael Reis foi campeão nacional de contrarrelógio e só podia ter uma bicicleta que assim o identifica.

O GoRide.pt falou com o ciclista sobre a Scott Plasma que tem sido trabalhada para potenciar ao máximo as características de Rafael Reis.

“É uma bicicleta que tem vindo a ser preparada. Desde o ano passado que a equipa tem investido no contrarrelógio. Temos modificado muitas coisas, desde a corrente aos extensores, por exemplo. Tem sido um desenvolvimento que temos aproveitado. Outras equipas trabalham com estes pormenores e funciona. A equipa tem investido nisso. Ao fim e ao cabo, é tentar fazer o mesmo que fazem as equipas com muito orçamento”, referiu.

O corredor de 30 anos, que começou hoje, 5ªfeira, a Volta a Portugal com uma quarta vitória em prólogos nesta corrida, explicou que o trabalho é feito com os mecânicos da Glassdrive-Q8-Anicolor. “Estamos no mundo do ciclismo e vemos muita coisa. É fácil perceber o que as equipas fazem. São coisas que estão ao acesso de todos”, afirmou.

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Considera que está longe de ter uma bicicleta ao nível das melhores do World Tour, mas está satisfeito com a sua “máquina”: “Dentro dos nossos meios, temos o que podemos e tem resultado bem.”

Os extensores, por exemplo, não sendo personalizados, foram escolhidos por ser dos que mais gostava e se sente confortável, o mesmo acontecendo com os companheiros Mauricio Moreira, Frederico Figueiredo e António Carvalho.

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Equipada com um grupo de transmissão Shimano Dura Ace, esta bicicleta de Rafael Reis correu os 5,4 kms da 1ª etapa da Volta, em Belém, Lisboa, com uma relação 58-11t, terminando com um tempo de 6:11 minutos. A média de Rafael Reis neste contrarrelógio foi de 52,399 km/hora. Há um ano, a escolha recaiu num 60-11t, mas, não estando tanto vento de costas em metade do percurso, a opção foi, desta feita, diferente.

O bidão também é uma versão até recentemente vista como mais aerodinâmica, mas… “agora tem-se utilizado este tipo. Por exemplo, o [Filippo] Ganna [bicampeão mundial de contrarrelógio] usa um bidão redondo, convencional. Eles fazem os estudos… Ultimamente tinham bidões espalmados com buracos tipo bolas de golfe, por exemplo, para ser aerodinâmico. Agora usam convencionais… Eles vão descobrindo coisas!”.


Foto principal: Agnelo Quelhas / Podium
Restantes fotos: Elisabete Silva / GoRide.pt


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