Não tem sido uma época fácil para Mauricio Moreira, mas na altura certa o ciclista deixa indicações que está a subir de forma. Quando se está em contagem decrescente para a Volta a Portugal, o uruguaio venceu este domingo o 6º Grande Prémio Anicolor com autoridade, com António Barbio a dar mais um excelente resultado (segundo classificado) à Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados, das poucas equipas que tem conseguido intrometer-se no domínio da Glassdrive/Q8/Anicolor em 2022.

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Foi mais uma vitória para a equipa de Rúben Pereira e já são 15 esta época, ao que se somam mais 13 entre classificações da montanha, juventude, pontos e por equipas. E no Grande Prémio Anicolor foi novamente a mais forte coletivamente, com Mauricio Moreira como principal figura.

Segundo classificado na Volta a Portugal há um ano, com apenas dez segundos a separá-lo de Amaro Antunes (W52-FC Porto), o uruguaio tem estado muito discreto esta temporada, competindo pouco e com vários resultados bem diferentes da senda vencedora de 2021.

Em Águeda, sede da equipa, Moreira deu ainda mais expressão a um domínio que a Glassdrive/Q8/Anicolor espera finalmente transformar em vitória na corrida mais desejada pelas equipas portuguesas: Volta a Portugal. Para o ciclista fica desde já uma dose extra de motivação ao bater a concorrência na sexta edição desta prova do Grande Prémio Anicolor.

“Hoje a corrida significou muito para mim porque deu-me confiança extra para a Volta a Portugal e para o que resta da época, visto que não tem sido a melhor temporada, sempre com doenças e lesões”, começou por realçar Mauricio Moreira.

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“Estas circunstâncias não estavam a ajudar na minha preparação para a Volta. Não me estava a sentir muito bem. Mas hoje foi um ponto de viragem e, se calhar, daqui para a frente começo a ver as coisas com outros olhos e com mais esperança”, acrescentou.

O uruguaio agradeceu o trabalho e a confiança da equipa, que tentou controlar a corrida e ajudar a preparar o ataque do seu líder. Moreira ficou ainda mais satisfeito por ter ganho na casa da Glassdrive/Q8/Anicolor.

A corrida

Foram 170 quilómetros entre Fermentelos e Águeda, com passagem por Aveiro, Ílhavo, Vagos, Oliveira do Bairro, Anadia e Mealhada, numa região cada vez mais sinónimo de ciclismo.

A prova acabou por ter três fases, por assim dizer. Uma fuga com vários ciclistas andou na frente e foi disputando as metas volantes, com André Rodrigues a destacar-se. O ciclista da Santa Maria da Feira-Segmento D’Época-REOL conseguiu mesmo conquistar esta classificação.

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Porém, quando as subidas começaram a surgir, eis que os homens com maior capacidade para este terreno quiseram mostrar-se Samuel Blanco (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel) aproveitou para subir ao pódio como o melhor na montanha, num triunfo importante para uma equipa à procura mais resultados de nota.

Foi nesta fase da corrida que Mauricio Moreira e António Barbio escaparam a um pelotão que já mal merecia este nome, visto já ter perdido vários corredores. O uruguaio acabaria por deixar o português para trás, com o ciclista da Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados a cortar a meta 1:51 minutos depois.

Na terceira posição ficou Tiago Leal a 3:10, naquele que é o melhor resultado da época para o jovem ciclista (22 anos), um dos reforços de 2022 da Kelly/Simoldes/UDO.

O espanhol Javier Ibañez, da Caja Rural/Alea, subiu ao pódio duas vezes: como vencedor da juventude e o melhor entre as equipas de clube.

Antes da Volta arrancar a 4 de agosto, em Lisboa, haverá um derradeiro teste para o pelotão nacional. O Grande Prémio de Mortágua – Pedro Silva realiza-se no próximo domingo.

Classificações completas via Federação Portuguesa de Ciclismo:


Todas as imagens: Paulo Gaudêncio/Anicolor

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