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Partilha!X O GoRide.pt participou neste granfondo da região oeste, que tem nas serras de Montejunto e Socorro as principais dificuldades. Mas a velocidade média elevada e o restante percurso 'parte-pernas' elevam este desafio ao nível dos eventos nortenhos. Depois do arranque da temporada de granfondos com a participação em estreia absoluta no Aveiro Spring Classic, a 27 de março [lê a crónica aqui], o GoRide.pt esteve presente (também pela primeira vez) no Granfondo Torres Vedras Montejunto, no último domingo, dia 24.PUB O evento desta cidade da região oeste apresenta um percurso bastante diferente, na altimetria, e até no piso, da prova aveirense, caracterizada por setores de terra batida. Em suma: incomparavelmente, é mais exigente. Em Torres Vedras, o relevo típico de “parte-pernas” e duas dificuldades principais, a Serra de Montejunto, o ponto a maior altitude desta zona do território, “atacada” pela vertente da Abrigada, uma das mais rudes, e um “inferno” chamado Serra do Socorro, pela vertente norte. De permeio, as subidas da Merceana para o Sobral de Monte Agraço, longa e suave, e a da Serra da Vila, que antecedia a chegada, mais curta e inclinada. No total, 2.433 metros de desnível positivo acumulado em 136,3 quilómetros. Números dignos de um granfondo, tal como o Aveiro Classic, com a chancela da qualidade de organização da Cabreira Solutions. O evento – para grande parte dos participantes, “corrida” – começou, como quase todos do género, a altíssima velocidade, beneficiando o relevo acessível, desde a partida de Torres Vedras em direção ao Bombarral pelo Ramalhal e Outeiro da Cabeça. O imenso pelotão de muitas centenas de ciclistas espalhou-se pelas estradas ondulantes, cumprindo a ligação à vila do Bombarral em espantosos 40,6 km/hora. PUB O pelotão, entenda-se, o da frente, constituído por cerca de 300 ciclistas cheios de força e adrenalina. Porque chegámos ao Bombarral já atrasados cerca de 30 segundos. Deteve-nos a queda de um atleta precisamente à nossa frente, obrigando-nos a parar por instantes para evitar a colisão. Contingências do ciclismo. Por isso, a partir daí, mais expostos ao esforço, inicialmente integrando um trio empenhado no esforço, e alguns quilómetros adiante, um grande grupo, vindo de trás, no qual nos protegemos de uma primeira hora alucinante à média de 38,7 km/hora. Foi então, em muito maior conforto no seio deste pelotão secundário, que pedalámos em direção ao Cercal e daí até à Abrigada, a base da primeira contagem de montanha do dia (2.ª categoria). Pelo meio, novidades só o momento pontual de aumento de intensidade na passagem pelo topo da Picanceira (500 metros a 8%) e alcançarmos um outro grupo que rolava à nossa frente, indicador do bom ritmo do nosso. A prová-lo, do Bombarral a Abrigada, 36,3 km/hora de média. No sopé de Montejunto acumulávamos já cerca de 4 minutos de atraso para o(s) grupo(s) da frente. No entanto, aguardava-nos muito mais sofrimento. Mais de 20 minutos dele em estado puro. Desde logo, nas primeiras rampas duríssimas de Montejunto concentrámo-nos no esforço – e em algumas rodas-guias à nossa frente… –, carregando nos pedais e avançando… tão pouco.PUB Na mente durante a ascensão: o bastante que ainda faltaria percorrer depois deste primeiro suplício. E sabíamos bem o que nos esperava (e aos demais) muitos quilómetros adiante: a Serra do Socorro! Depois de vencida a célebre “reta dos 15%” de Montejunto (comum às vertentes da Abrigada e de Pragança), um ligeiro alívio e 500 metros até ao cruzeiro que parecem ser… a descer. Algumas caras conhecidas à beira da estrada encorajaram-nos para atacar a fase final da subida, onde chegámos com uma dor de pernas monstruosa. Nos 6,6 km de Montejunto/Abrigada, inclinação média de 6,6%, pedalámos a 260 W de potência e a 160 batimentos por minuto (bpm) médios. Após isso, descida vertiginosa para Vila Verde dos Francos. Tempo para recuperar o fôlego e os músculos, de tentar comer alguma coisa sólida. Ou alguma coisa… Atravessada a serra, deparámo-nos sozinhos em Vila Verde dos Francos. O pior que pode suceder num granfondo tão distante do seu fim. Quando isso sucede, a prioridade é não forçar e aguardar por auxílio. Felizmente, foi o que nos sucedeu, e por sinal de muito bom nível: um pequeno grupo de não mais de cinco unidades que engrossou para o dobro a caminho do Sobral, desde a Merceana, a segunda subida categorizada da jornada (3.ª categoria: 9,8 km a 1,9%). Andamento certo, moderado, e no nosso caso… escondidos, a lidar com sensações pós-Montejunto pouco ou nada positivas e ainda muitas contas de cabeça sobre o que estava por vir. Sempre na roda, fizemos 201 W e 141 bpm. No Sobral, 100 km completados. Desceu-se então rumo a Dois Portos e depois à esquerda a caminho de Pêro Negro, em falso plano ascendente. Como o percurso do Torres Vedras Granfondo é duro e desgastante! A partir de Pêro Negro até próximo da base da Serra do Socorro faz-se quase sempre a subir, subir… PUB Mas nada que se compare com o muro do Socorro! Pouco mais de dois quilómetros do mais extremo que se pode imaginar. Rampas de 200 a 300 metros acima de 15% de inclinação, diversas passagens acima dos 20%. Um mísero, mas milagroso descanso a meio da subida, para voltar a atacar a fase final, até cerca de 300 metros do alto, a fase mais difícil. Depois, duas curvas menos íngremes e estamos no alto. O inferno – perdão, a Serra do Socorro Norte – tem 2,3 km e inclinação média de 11%. O cenário pelas rampas acima parecia um campo de batalha. Ciclistas a arrastarem-se, aos esses, como caracóis pelas rampas intermináveis… abomináveis! Alguns não tiveram outra alternativa do que meter o pé no chão, rendendo-se à dor e ao sacrifício. Outros até, caídos na berma, agarrados às pernas. Que violência! Ninguém deseja isto… Por isso, um reparo à organização, que é uma crítica construtiva: evite-se estas subidas de elevadíssima inclinação que requerem esforços extremos, no limite do radical no ciclismo de estrada. Evita-se este sofrimento atroz, este cenário que em nada prestigia o evento. Previnem-se ainda outros riscos, incluindo para a saúde dos atletas. E mesmo quando se faz uma escolha adequada das desmultiplicações montadas na bicicleta – que a organização recomendou, faça-se justiça –, a fadiga acumulada até esta subida, que se atinge com 124 km percorridos (e como estes são exigentes, com Montejunto a dispensar mais justificações!), o obstáculo torna-se muito “alto”, parecendo intransponível, e não passa a fatura. O grau de dificuldade eleva-se ao… transcendente. E ainda faltaria a Serra da Vila, que não é “pêra doce”. Contudo, depois das agruras do Socorro, em que nos arrastámos em 36×30 (que se revelou curto) a 10 km/hora, debitando 263 W e o coração a bate a 157 médios, a derradeira subida (2 km a 6%), parece fácil. Faz-se quase com o peso dos sapatos – exagero, claro. Oportunidade, enfim, para queimar os últimos cartuchos (253 W e 151 bpm) antes de descer para a meta, e ainda ter uma réstia de energia para o sprint. O GoRide.pt classificou-se na categoria Master C (M50) na 4.ª posição, em resultado de um tempo total de 4 horas e 16 minutos, à velocidade média de 32 km/hora; com potência média de 226 W (237 NP) e 142 bpm médios. Mais info, classificações e fotos: www.granfondotorresvedras.com
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