Começam a faltar adjetivos para qualificar os desempenhos e as conquistas de Tadej Pogacar, que este sábado juntou mais uma grande vitória ao seu ainda recente, mas já recheado palmarés, na Strade Bianche. Desta vez, obteve-a ao estilo dos grandes nomes do ciclismo, com uma fuga, a solo, a 50 quilómetros da meta, qual Eddy Merckx.

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O corredor esloveno da UAE Emirates, já vencedor das duas últimas edições do Tour de França e das clássicas monumentos, Liège-Bastogne-Liège e Giro da Lombardia em 2021, voltou espantar com mais uma façanha numa corrida de grande prestígio, esmagando um pelotão inteiro.

Foto Luca Bettini/SprintCyclingAgency©2022

Pogacar atacou no longo setor de terra batida de Monte Sante Marie, a pouco mais de 50 km para o final da Strade Bianche, e sutilmente abriu uma vantagem sobre o grupo principal que se formara após uma queda coletiva provocada pelo vento, a 100 km da chegada, também numa passagem de ‘sterrato’, e que envolveu, entre outros candidatos, o próprio Pogacar e Julian Alaphilippe.

Com a camisola rasgada e o cotovelo e perna esquerdos ensanguentados, Pogacar forçou o andamento na referida subida e não mais foi alcançado, mantendo a vantagem que chegou aos 1.40 minutos, mesmo nos troços seguintes, nas estradas asfaltadas e com vento contrário.

Carlos Rodriguez (Ineos Grenadiers) foi o único com capacidade para se manter a uma distância intermédia, mas que foi incapaz de anular a desvantagem para o irresistível líder e veio a atrasar-se bastante na fase final. Pogacar controlou os seus rivais mais próximos, que nos três últimos setores de ‘sterrato’ íngremes resumiram-se a dois, Alejandro Valverde (Movistar) e Kasper Asgreen (QuickStep-AlphaVinyl), mantendo-os a cerca de minuto até à entrada de Siena. Depois, com a vitória garantida, superou a duríssima rampa da Via Santa Caterina, antes de descer para a consagração na meta na Piazza del Campo.

Foto Luca Bettini/SprintCyclingAgency©2022

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“Esta é uma vitória incrível, incrível! Estou super-feliz”, afirmou Tadej Pogacar, que sucedeu a Mathieu van der Poel, vencedor da Strade Bianche em 2021.

“Normalmente, há um momento em que as corridas podem decidir-se, e nesta senti que poderia ser na subida de Sante Marie, onde dei o meu melhor e ninguém me seguiu. No final desse setor, estava sozinho… Mas tinha de continuar totalmente focado. Olhei muitas vezes para trás. ‘Onde estão todos?’ – perguntei-me várias vezes. Foi muito intenso. A minha energia foi diminuindo, mas consegui resistir até o fim”, contou Pogacar.

Valverde conquistou o segundo lugar, batendo Kasper Asgreen na Via Santa Caterina, enquanto Attila Valter (Groupama-FDJ) e Pello Bilbao (Bahrain Victorious) completaram os cinco primeiros, depois de se destacarem do grupo perseguidor composto por também por Jhonatan Narvaez (Ineos Grenadiers), Quinn Simmons (Trek-Segafredo) e Tim Wellens (Lotto Soudal). Simone Petilli (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux) e Sergio Higuita (Bora-Hansgrohe) completaram o top 10.

Foto principal: Luca Bettini/SprintCyclingAgency©2022

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