Egan Bernal (Ineos Grenadiers) deu espetáculo nos últimos 500 metros da 9.ª etapa do Giro de Itália, com um ataque explosivo na íngreme pista de terra de Campo Felice, e é o novo camisola rosa, sucedendo a Attila Valter (Groupama-FDJ), que não teve pedal para o colombiano.

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O colombiano descarregou Giulio Ciccone (Trek-Segafredo) na luta pela vitória, enquanto Alexander Vlasov (Astana-Premier Tech) chegou logo atrás do italiano, ambos a sete segundos.

Remo Evenepoel (Deceuninck-QuickStep) não conseguiu acompanhar o ritmo deste trio, mas ainda minimizou as perdas no final, terminando em quarto, a 13 segundos de Bernal, e assim mantêm a segunda posição da classificação geral, agora atrás do vencedor do Tour de 2019.

Dan Martin (Israel Start-Up Nation) terminou ao lado de Evenepoel, e alguns segundos depois um grupo com muitos dos principais contendores do Giro, incluindo Simon Yates (Team BikeExchange), Hugh Carthy (EF Education-Nippo), Romain Bardet (Equipe DSM) e Damiano Caruso (Bahrain Victorious).

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Como os ataques ocorreram apenas estradas de terra, nos últimos 1,5 km da subida final, as diferenças entre corredores da geral foram mínimas, mas Bernal foi claramente o mais forte da etapa. Para o colombiano, a vitória vem após um período longo de reabilitação para voltar ao seu melhor nível, devido a persistentes problemas nas costas, que o fizeram desistir no Tour de 2020.

“Não consigo acreditar no que está a acontecer”, disse Bernal no final, visivelmente emocionado “Acabei de ganhar a minha primeira etapa numa grande volta. Fiz muitos sacrifícios para estar nesta posição depois do Tour do ano passado. Estou realmente feliz”, acrescentou o sul-americano, que terá mais uma oportunidade, na 11.ª etapa, na próxima quarta-feira, para demonstrar se é realmente o mais forte em pisos de terra, quando nessa jornada o percurso incluir diversos troços exigentes da famosa Strade Bianche.

A Ineos fez um ótimo trabalho para preparar o ataque do seu chefe de fila, imprimindo um ritmo desgastante no pelotão e o suficiente para anular a fuga a Geoffrey Bouchard (AG2R-Citroën) e Koen Bouwman (Jumbo-Visma), a apenas 500 metros da linha.

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“Pensei que hoje seria um bom dia, mas não tinha certeza, mas não tinha a certeza. Mas os meus companheiros confiaram muito em mim e disseram: ‘tu consegues’… Acho que esta vitória é mais para eles, porque realmente acreditaram em mim”, declarou ainda Bernal.

A equipa britânica terá, agora, a tarefa de defender a camisola rosa, com Evenepoel em segundo, a apenas 15 segundos, e Vlasov, Ciccone, Valter, Carthy, Caruso, Martin e Yates, todos menos de um minuto da liderança. O Giro está aberto, mas Bernal é o homem do momento.

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