O tubeless está instaurado como o sistema antifuros mais utilizado do momento. Contudo, há alternativas para prevenir e tentar evitar os ditos furos, seja em estrada ou nos trilhos, sendo que algumas delas até são complementares.

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E a verdade é que “nem tudo são rosas” e o tubeless apresenta as suas desvantagens. Por lado, pode ser um sistema caro de instalar e manter, isto quando comparado com câmaras de ar com gel, por exemplo. E até porque os pneus tubeless são geralmente mais caros que os demais.

A montagem dos mesmos também não é a mais fácil, uma vez que tens de ter um compressor ou bomba específica para poderes colocá-los no aro com sucesso, pois é preciso alguma pressão. Além disso, requer manutenção, pois periodicamente terás de averiguar o estado do líquido no interior do pneu e ir repondo ou substituindo.

Aqui ficam então os “segredos” de cinco sistemas antifuro que podem resultar e que não são a tradicional combinação de roda e pneu tubeless, para que possas escolher e experimentar qual o melhor método para evitares “ficar a pé” naquelas voltas mais longas…

Câmara antifuros (com gel)

Talvez seja a primeira opção de que nos lembramos. Falamos das câmaras de ar que à primeira vista parecem “normais”, mas que na verdade têm no interior um líquido equivalente líquido destinado aos pneus tubeless. Missão? Estar lá para reparar eventuais furos que sejam feitos tanto no pneu como na câmara de ar. Resulta!

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Isto permite manter o sistema de roda e pneu convencional sem ser preciso gastar muito, pois os preços de cada câmara de ar deste género começam nos cinco euros, mais coisas, menos coisa.

Além disso, este sistema mostra ainda outra vantagem: a válvula é muitas vezes “desmontável”, o que permite colocar líquido antifuro do tubeless dentro da própria câmara de ar. Nem todas o permitem, mas é possível.

  • Vantagens: Fácil instalação. Preço relativamente baixo.
  • Desvantagens: Mais pesadas que as convencionais e, naturalmente, um sistema que faz mais peso que o tubeless.

Bandas antifuros

Uma solução económica e fácil de instalar, que também é reutilizável, já que podes instalá-las noutros pneus e sempre que quiseres. O  resultado consegue ser satisfatório, ainda que não evite a 100% os furos, pois os flancos dos pneus ficam desprotegidos (a banda só reveste a parte de rodagem do pneu, pelo lado de dentro).

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Podemos encontrar bandas de diferentes materiais: aramida (material mais leve e resistente), grafeno (menos pesado e a um preço mais baixo), pele com tratamento de titânio (mais proteção e grande resistência com o passar do tempo) e poliuretano (mais proteção).

  • Vantagens: Fácil instalação. Preço relativamente baixo. Possibilidade de reutilização.
  • Desvantagens: Deterioramento de algumas bandas com o passar do tempo. Mais peso (exceto nas de aramida). As mais estreitas não protegem bem os flancos do pneu.

Vídeo de montagem das bandas antifuro da Fundax:

Instalación Bandas Antipinchazos

Aros de espuma/mousse

Não constituem um sistema antifuro a 100%, pois, apesar de o objetivo ser evitar turos, acabam por ser uma forma de preencher o espaço do pneu destinado ao ar com uma espécie de esponja dura.

A ideia é que se consiga regressar a casa quando há um furo e o ar sai todo do pneu, pelo que estas espumas (por vezes feitas de derivados de plástico) estão a assumir algum destaque no ciclismo, especialmente no BTT. Mas também já se começam a ver em pneus de estrada.

Estas espumas preenchem quase totalmente o vazio do pneu, deixando uma pequena parte para receber ar e assim ser possível personalizar o nível da pressão. Em caso de furo, a própria estrutura da espuma fará as vezes do ar, impedindo que o pneu se solte.

Vídeo de instalação do sistema Armour da Tannus:

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Tannus Armour - Guía de Montaje

Existe também uma solução relacionada que serve de proteção para a câmara de ar, colocando a espuma como barreira. Também permite andar sem ar presente, a velocidades baixas.

  • Vantagens: Possibilidade de personalização da pressão, visto que existe também ar no pneu. Além da proteção antifuros, protegem também os aros das rodas contra os impactos mais duros. Possibilidade de reutilização.
  • Desvantagens: Limitações ao rodar com os pneus furados. Custo elevado.

Vídeo do Air-Liner da Vittoria com a equipa EF Edacation-NIPPO:

Air-Liner Road | EF Education-NIPPO invisible protector

Líquido de reparação de furos

Não se trata do líquido que metemos dentro dos pneus tubeless para prevenir furos, mas sim do líquido que normalmente transportamos connosco nas voltas e que serve para “tapar” pequenos furos como forma de reparação rápida.

Estes líquidos tapam a fuga de ar enchendo o espaço onde está o ar com uma espécie de espuma ou gel (mistura de hidrocarbonetos com propano e/ou butano). Este material expande e consegue dar também pressão ao pneu, dispensando que este tenha de ser cheio com a bomba.

Para que o processo resulte e o pneu fique com pressão acertada recomendam-se embalagens entre os 75 e 100 ml. Alguns fabricantes referem que este tipo de líquidos pode encher um pneu de 26″ até 2,50 bar e de 27,5″ ou 29″ até 2,40 bar.

  • Vantagens: Rapidez e comodidade de utilização. Pode ser usado em câmaras de ar, pneus tubulares ou pneus tubeless.
  • Desvantagens: Uma câmara de ar ou pneu tubular pode ficar inutilizável sempre que usamos este sistema, embora alguns líquidos permitam a utilização posterior. Normalmente, são produtos inflamáveis.

Pneus sólidos ou ‘maciços’

Não são muito habituais, mas este é um sistema quase tão antigo quanto a roda de bicicleta, pois no início os pneus eram maciços! A Tannus é possivelmente a marca mais conhecida neste segmento e a produzir pneus maciços, sem ar, ainda que existam outros fabricantes, claro. A ideia é básica: um pneu sem ar não pode ser furado.

Fabricados em resina sintética e borracha (a Tannus batizou-os de Aither), estes pneus são impossíveis de furar e é referido que apresentam o mesmo peso que um pneu convencional.

Um inconveniente é, contudo, a impossibilidade de personalizar o comportamento do pneu através do ajuste da pressão de ar, daí não existirem versões para BTT, que é uma vertente que obriga a fazer este ajuste frequentemente.

  • Vantagens: Impossibilidade de furar. Baixo peso.
  • Desvantagens: Não podemos personalizar o comportamento pelo ajuste da pressão de ar. Não está disponível para bicicletas de BTT.

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Em discussão: usar ou não tubeless? Vantagens e desvantagens


Fotos: Vittoria // Tannus // Chaoyang // Zéfal

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