É possível que as primeiras e-bikes de BTT tenham aparecido por causa de um grande objetivo: permitir que os ciclistas menos em forma, digamos assim, possam desfrutar do ciclismo de montanha sem limitações. Mas isto mudou: as marcas apostaram forte e isso deu origem a uma nova categoria que coloca este tipo de bikes nos mais exigentes trilhos de BTT e em usos mais radicais! É por isso que te trazemos neste artigo algumas boas dicas para subires melhor com a tua e-bike de BTT.

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Sim, é um facto que as e-BTT estão a ampliar os horizontes de utilização em trilhos que antes nem sequer imaginávamos poderem ser feitos de bicicleta. Mais ainda, possibilitam a alguns ciclistas darem voltas muito maiores, desfrutarem mais das descidas nos passeios de all mountain ou enduro e subirem certos trilhos quase como se estivessem aos comandos de uma moto.

Aqueles que já fizeram enduro de moto sabem o quanto é complicado subir alguns trilhos, algo que requer muito mais perícia do que a descer. Da mesma forma, com a bicicleta esses trilhos são praticamente impossíveis de subir… a não ser que tenhamos uma e-BTT. As seguintes dicas funcionam connosco, experimenta!

5 dicas para subires melhor com a tua e-bike

1. Preparação da bicicleta e do equipamento

Confirma as pressões dos pneus, pois é importante ter a máxima tração possível. Pressão baixa, de preferência, mas podes levar a bomba contigo para ajustares à posteriori.

O mesmo se passa com a suspensão, em especial com a suspensão frontal: precisas de bom amortecimento para absorveres os impactos mais fortes, com um sag amplo (25 a 30%, mas podes ir ajustando) e um rebound rápido.

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Neste tipo de trilhos, é recomendável proteger o quadro perante as pedras, ramos e outros detritos que podem saltar. Por outro lado, podes recorrer a pedais de plataforma caso sintas que será vantajoso soltares os pés dos pedais rapidamente.

2. Começa por onde conheces

Experimenta primeiro trilhos que conheças e que já desceste antes, para que possas ter referências de como percorrer e ultrapassar as partes mais técnicas. Se já viste riders de trial, certamente já os viste a estudarem as zonas antes de partirem para a ação.

Aqui será igual: é bom teres uma ideia de como é o trilho, observando e detetando obstáculos que podem passar despercebidos, estudando as possíveis rotas de entrada e saída em áreas mais complicadas.

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3. ‘Ataca’ decidido!

O pior que podes fazer é duvidar das linhas escolhidas e hesitar. Mantém uma cadência fluida e seleciona a mudança que melhor permitirá avançares de forma consistente e sem que tenhas de parar, porque isso vai fazer-te cair.

Como falamos de e-BTTs, sabemos que temos tração extra. Aproveita da melhor forma a assistência que o motor fornece às pedaladas que dás e lembra-te do seguinte: neste tipo de bikes e desafios, quando a roda da frente passa um obstáculo é provável que a de trás também consigo passar o mesmo obstáculo. Confiança máxima!

4. Perspetiva completa

É importante teres uma visão a 360 graus do trilho que estás a fazer. Atenta em tudo o que está em teu redor, onde estás a cada momento e para onde te diriges, tentando ao máximo antecipar movimentos.

Atenta no encaixe dos pés nos pedais. Em partes técnicas tens de antecipar o que vai acontecer, pelo que tenta estar preparado para desencaixar. Mesmo com assistência à pedalada, há possíveis embates que tens de prever. O contacto da zona mais baixa do pedaleiro com uma pedra ou raiz, por exemplo.

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5. Utiliza o corpo!

Não permaneças “rígido” e tenta ajustar a posição do corpo à forma como a bicicleta se comporta nos trilhos. Não podes ir para um lado e a bicicleta para o outro… Referimos que é provável que a roda de trás passará tudo o que a da frente passou, mas é sempre necessário ajudar a bike nesse momento, puxando a direção para cima e para a frente e fazendo por absorver parte do obstáculo com a flexão dos braços.

Podes também, no sector traseiro, levantar o rabo e acompanhar a performance da bicicleta com os quadris. Mantém o equilíbrio contrabalançando a inércia da bicicleta com o peso do teu corpo, sem esquecer de pedalar com cadência adequada à assistência que recebes do motor.

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