A nova Lapierre Prorace Cf 9.9 2023 está connosco há já algumas semanas e temos de confessar que já entrou para o top de melhores BTTs com que andámos este ano.

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E facilmente se explica porquê: existindo orçamento suficiente, como não gostar de uma hardtail leve, muito reativa nas partes mais técnicas da montanha e ainda para mais “recheada” de material de topo?

Exato. Há muito para gostar, e por isso é que o preço a pagar pela versão mais bem equipada deste modelo é elevado, de certa forma. Apesar de acharmos que neste patamar de exclusividade seria preciso encontrarmos um cockpit mais “evoluído” que este, por exemplo (como fazem outras marcas), a verdade é que esta Lapierre Prorace Cf 9.9 é dona de uma geometria bastante bem conseguida e certamente pronta até para competir onde for necessário.

Nem tudo são “rosas”, contudo, pelo que em breve publicamos por aqui o teste completo à bicicleta. Entre muitos outros pontos, estes são aqueles que até agora nos estão a chamar a atenção!

1. O conceito 3D Tubular

Alguém ainda se lembra da hardtail da Lapierre que testámos para a primeira edição da GoRide Magazine (quando o GoRide tinha ainda uma revista digital)? Está tudo aqui. E isto para dizer que aquele sistema de “membrana” de silicone que tentava amortecer o impacto sofrido pelo espigão de selim evoluiu para algo diferente…

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Falamos do conceito 3D Tubular que o fabricante aplica agora nesse mesmo sector da bicicleta, que vimos pela primeira vez na feira Sea Otter em Setembro e que agora estamos a ter o privilégio de experimentar. 

Os engenheiros da Lapierre separaram os tirantes do tubo de selim e utilizaram neste parte do quadro um tipo de carbono mais maleável. Isto promete fazer com que as vibrações que chegam a essa secção sejam distribuídas pelo tubo superior, e isto sem que cheguem ao selim através do tubo de selim.

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Se se nota diferença? Não é percetível de imediato como acontece com um sistema de amortecimento traseiro, claro. Longe disso, pois esta bicicleta é uma hardtail. Mas é verdade que se nota um ligeiro oscilar no tubo do selim, ou seja, a fibra de carbono atua ali de forma controlada para absorver vibrações que chegam do terreno.

2. A leveza

Assim que a tiramos da caixa, é notório que se trata de uma bicicleta bastante leve, entre as hardtail mais leves deste ano de 2023. Culpa disso a construção em carbono de que falamos acima e de um lote de material e periféricos que a colocam como a versão topo de gama, a 9.9, deste modelo Lapierre Prorace Cf para esta temporada. Por isso é que custa 6.499 euros.

No dia em que captámos grande parte das fotos e vídeos desta bicicleta, contando com um par de pedais Shimano XT e bidão (já vazio), registámos na balança digital 9.270 gramas.

Ou seja, para uma volta normal de fim de semana, já a contarmos com extras como uma bolsa de selim “carregada” e dois bidãos cheios, acreditamos que o peso fique na ordem dos 10 kg, o que é sempre um bom patamar para uma BTT neste segmento.

3. As rodas (que são Lapierre)

É impossível não adorar umas boas rodas de carbono. Neste caso, não pesámos as rodas, mas, dado o peso total da bicicleta, estas não podem ser pesadas. São em carbono, sim, e dão de marca própria, por assim dizer.

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São as Lapierre XC CL 29 e diríamos que não passam de 1,5 kg o par. Têm perfil assimátrico de 27 mm e são certamente um pouco “culpadas” de esta bicicleta ser tão boa a subir trilhos técnicos.

Até agora são dos elementos que mais admiramos nesta bicicleta, estando equiparadas a outros pares de carbono que temos experimentado em várias BTTs recentemente.

4. A transmissão eletrónica

Sabemos que se trata de um conjunto bastante exclusivo e que encontramos em apenas em versões topo de gama, aquelas que mais dispendiosas são. Ou que podemos instalar como upgrade investimento também uma boa soma. Mas na realidade apreciamos cada momento em que podemos usar as transmissões eletrónicas da Sram.

Aqui é o grupo Sram X01 Eagle AXS de 12x, que mais uma vez nos mostra como é capaz de significar fluidez, rapidez, silêncio. As mudanças não falham, apesar de sabermos que estas transmissões são como as demais: um ligeiro toque ou impacto no desviador e começa a “desafinação”. Mas até aí nada falha.  

5. O comportamento a subir!

Por fim, e enquanto terminamos as nossas experiências para deixarmos por aqui o teste completo, é de referir que a bicicleta apresenta uma performance muito convincente nos trilhos técnicos a subir.

Muito reativa à pedalada, permitindo colocar o peso do corpo no ponto ideal para não perdermos tração, peso reduzido. Tudo conjugado e conseguimos efetivamente notar que a Lapierre Prorace nos dá uma ajuda incrível nas subidas, sejam elas quais forem.

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