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Partilha!Tweet Uma dúzia de dicas que podem ajudar à participação de provas por etapas tao extensas e/ou duras quanto o Titan Desert. Esta nossa abordagem assenta nas participações que já tivemos no Titan Desert e, acima de tudo, destinam-se aos atletas que não vão para a prova especificamente em “modo race”, como costumamos dizer.PUB São truques, sugestões, dicas, indicações, conselhos (o que lhe quiseres chamar!) para quem vai para a competição com o sentido terminar e de desfrutar de tudo o que está incluído… Assim, aqui estão 12 pontos importantes (dois deles ligados à preparação do atleta, outros dez relacionados com a bike) e ainda uma dica extra no final do artigo. Este especial Titan Desert é composto por quatro partes: Parte 1/4: Report: A magia da aventura Titan Desert Parte 2/4: Entrevista: Paulo Freitas em competição no Titan Desert Almería 2020 Parte 3/4: 12 truques de “sobrevivência” no Titan Desert Parte 4/4: Titan Desert: “Estórias” para a vida (a caminho da 10ª participação!) Truques para a “sobrevivência” no Titan Desert: Fechar a boca Bem, não sejamos assim tão radicais… Mas é importante comer melhor do que mais. Mais vezes ao dia do que em apenas duas grandes refeições, e de forma faseada. Ausência de gorduras e açúcares. Sempre bem hidratado. Treinar, treinar Todos nós temos uma vida ativa e “complicada”, pelo que pode não ser fácil conseguirmos treinar devidamente para o Titan Desert. Se os nossos objetivos passam por terminar e aproveitar a prova, aconselhamos a que o fim de semana seja para dar kms e mais kms às pernas. Exemplo: sábado com 90 kms e domingo com mais 90 kms.PUB Ao longo da semana, podem ser suficiente uns treinos de rolos a “dar forte” (sem esquecer de dar um ou dois dias de descanso). A escolha da bike é fundamental É para discutir a vitória e fazer estas centenas de kms sempre com os olhos no chão, focados no pódio? Então uma Hardtail com um peso na ordem dos 8/9 kgs continua a ser a melhor opção, pelo peso e rapidez na resposta. No entanto, as bicicletas, sendo um veículo aparentemente básico, têm evoluído de uma forma excecional. Se recuarmos dez anos, achamos que era impossível admitirmos que uma suspensão total chegasse aos 10 kg; pois hoje verificamos que são poucas as marcas que nos seus modelos de topo não têm já estas bicicletas entre os 8,5 e os 10 kg. Sem qualquer dúvida que estes modelos são o compromisso ideal para rolar rápido e de uma forma muito mais cómoda.PUB E não esquecer que a preparação de uma bicicleta para uma prova destas é crucial, além da realização de uma sessão de bike fit para a perfeita adaptação do rider à bicicleta. Atenção aos pneus: tubeless e câmara de ar É importante passar ou adaptar as rodas que ainda não o são a tubeless. E a escolha dos pneus tem que recair em pneus mais roladores, embora com um piso duro. O líquido anti furo deverá ser sempre colocado numa quantidade extra de 10% do que o recomendado devido às centenas de furos com que nos vamos deparar. Tudo porque são mesmo muitas as sementes oriundas de plantas da família dos catos que se agarram com os espinhos aos pneus. Mais: levar câmara de ar suplente (preferencialmente com líquido anti furo). Esta poderá ser fixada no quadro com fita tipo americana. Ainda os pneus: colagem Colar os pneus ao aro das rodas com uma cola tipo “cola e veda” é crucial. Isto permite baixar consideravelmente a pressão para a transposição das dunas sem o risco de os pneus descolarem do aro da roda.PUB Terminada a passagem nas dunas, aplicamos uma ou duas mini botijas de CO2 e estamos prontos para voltar a enfrentar a pedra. Os pneus outra vez: pressão A pressão dos pneus deverá sempre muito elevada (tipo 38 psi) para evitar furos ou cortes nos pneus, pois cerca de 90% do percurso é constituído por pistas rápidas repletas de pedra, pedra e mais pedra. Transporte de água Embora existam três ou quatro zonas de hidratação por etapa, a colocação de uma segunda grade de bidon no quadro permite-nos levar menos peso na mochila com bolsa de hidratação (também fundamental). Frente não muito baixa… Numa prova com esta especificidade não é conveniente baixarmos muito a frente com avanços com ângulos muito negativos, mas sim continuar a ter algum conforto e um bom compromisso neste ajuste. Leva os “cornos”! A montagem de uns pequenos extensores nas extremidades do guiador ajuda a contrariar a fadiga da posição contínua. Também ajuda levarmos uns bons punhos em silicone do tipo Esigrips, pois ajudam a absorver os impactos. Bolsa de apoio… Numa prova por etapas é essencial ter sempre à disposição uma pequena bolsa que inclua: um dropout suplente, uma chave multifunções com descravador de corrente, bomba de enchimento, duas botijas de CO2 com adaptador, dois elos de engate rápido, um pequeno recipiente com lubrificante de corrente, dois ou três parafusos suplentes dos mais utilizados na bicicleta (do avanço e da grade de bidon), cintas de plástico (estas podem ir arrumadas no espigão de selim ou no guiador), um mini alicate, um rolo de fita isoladora e um mochão. O que é um mochão? Aconselhamos a cortares um bocado de um pneu de estrada com aproximadamente 7/8 cm. Finalidade? No caso de um corte lateral num pneu, podes colocá-lo na parte interior do pneu por trás do rasgo, entre a câmara de ar suplente. Isto vai permitir completares a etapa. GPS a “bombar” Aconselhamos que o suporte esteja instalado no avanço e não no guiador, para que exista o mínimo de vibrações no guiador e se minimize a fadiga. Quanto ao GPS, devemos ter em consideração o peso e acima de tudo a autonomia da bateria. Mais uma vez é importante compreendermos os nossos objectivos, porque em cada etapa haverá atletas que demoram quatro horas e outros dez! Os modelos a pilhas têm a vantagem de as podermos substituir quando falta a energia… Equipamento confortável O calção a levar é de extrema importância e jamais deves levar um novo que não tenha sido experimentado. Mesmo que seja o topo dos topos de gama…. Estamos a falar de uma prova muito longa e na qual estamos diariamente mais de seis horas em cima da bicicleta. E em terrenos muito duros. E ao longo de seis dias. 2 dicas (de saúde) extra! O Titan Desert caracteriza-se não só pela dureza das etapas, mas também pelas condições climatéricas. Nas primeiras edições foi fácil registar temperaturas a rondar os 45º, o que já não aconteceu nas edições mais recentes… No entanto, os protetores solares são imprescindíveis em cada etapa. Deves untar todas as partes expostas antes de arrancares. Sério. Normalmente existe um corpo clínico com mais de dez médicos com larga experiência neste tipo de provas e com todos os tipos de medicamentos. Ainda assim, aconselhamos sempre a colocar na bagagem um anti-inflamatório, paracetamol, Imodiuns, vaselina e pomada Bepanthene para “combater” as assaduras dos calções. Se tiveres isto tudo em mente, não há Titan que te derrube! Lê também as restantes partes deste Especial Titan Desert: Parte 1/4: Report: A magia da aventura Titan Desert Parte 2/4: Entrevista: Paulo Freitas em competição no Titan Desert Almería 2020 Parte 4/4: Titan Desert: “Estórias” para a vida (a caminho da 10ª participação!) E também o artigo que publicámos quando a prova chegou ao fim: Titan Desert: Mantecón termina com hegemonia de Betalú, Galicia dominou
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